Anvisa proíbe uso do Bisfenol A em mamadeiras
RIO - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu na última quinta-feira o uso da substância Bisfenol A (BPA) nas mamadeiras importadas ou fabricadas no país. A decisão é baseada em estudos recentes que apontam riscos decorrentes da exposição ao BPA, mesmo quando ela ocorre num nível menor ao que é considerado seguro.
DICAS:Medidas simples adotadas em casa podem proteger as crianças do contato com substâncias tóxicas
Os fabricantes e importadores terão 90 dias para cumprir a determinação. As mamadeiras fabricadas ou importadas dentro deste mesmo prazo poderão ser vendidas até 31 de dezembro deste ano.
O BPA está presente no policarbonato, substância utilizada na fabricação de mamadeiras. Mas aparece também em latas de refrigerantes, embalagens plásticas e em brinquedos. De acordo com a Anvisa, a decisão de proibir o uso da substância na composição desses produtos considerou o fato de o sistema de eliminação do BPA pelo corpo humano não ser tão desenvolvido em crianças de 0 a 12 meses, apesar de não haver resultados conclusivos sobre o seu risco. Estudos indicam que a substância pode ser cancerígena, causar problemas cardíacos e alterações hormonais. O principal substituto do policarbonato em mamadeiras é o polipropileno.
No Canadá, na Costa Rica, em países da União Europeia e alguns estados americanos, o BPA já é proibido. Ainda segundo a agência, não há justificativa para adotar outras restrições de uso para a substância.
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